terça-feira, 28 de setembro de 2010

O meu anjo se foi

Ele, que já não sabe mais se tenho medo de chuva. Não sabe se ainda continuo paranóica em querer sempre melhorar a base de medicamentos, se ainda como milhões de chocolates por e noite e depois digo "agora sim, satisfeita", se o meu chocolate predileto ainda é Bis, se ainda ando lendo todas as noites, se ainda choro ao ouvir certas músicas ou quando fico com aquela cara de boba assistindo Dragon Ball. É, o meu anjo não sabe mais dos meus medos, das minhas angustias, das minhas conquistas, muito menos dos momentos tão doloridos de silêncio, onde o que eu mais queria era o abraço dele, que fazia com que todos meus pensamentos ruins sumissem.


Ele se foi, foi conhecer lugares novos, pessoas e novas paixões, ter novas experiências. Foi atrás do que ele achava que era certo. Há algum tempo ele se foi... E eu fiquei por um bom tempo parada no tempo, estagnada, vivendo dias iguais, tentando formas e alternativas de felicidade. Fui em busca da minha felicidade novamente, aquela felicidade que tinha se desencontrado comigo.

Para não pensar na falta, eu me enchi de coisas por ai (me arrependo de algumas). Me enchi de colegas, bares, festas, charmes, livros, músicas, descobertas solitárias e momentos introspectivos andando ao sol e ao anoitecer procurando as respostas nas estrelas. E todo esse resto de coisas, deixou aos poucos de ser resto e passou a ser a minha vida.

Enfim consegui enxergar que toda a dor da sua ausência, que todo esse medo de não ser feliz novamente, que todo o medo de me envolver com outro alguém pra não me machucar mais uma vez, eram proteções que eu mesma criava para manter minha vida morna que eu insistia em levar. Era tão estável viver os dias de maneiras iguais que não me dei conta que a felicidade não consegue entrar em portas fechadas.

Hoje eu sei quem é substituível. E que eu posso vir a gostar de outra pessoa, com mais ou menos intensidade, não importa, mais de uma maneira diferente; Porque as pessoas não são iguais e que eu posso encontrar a minha exceção. E o que eu aprendi do outro amor, e da falta que me faz, é que é insubstituivel e que nunca ninguém a de ocupa-lo.

Esse texto é destinado a dois homens que passaram pela minha vida e que marcaram de forma inexplicável, João Antônio (vovô) e o outro só Deus sabe.

I not okay again, sorry.

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