Para você. Se lembre.

Eu ainda gosto de você,
não do mesmo jeito, mas gosto.
Lembrar que o que passamos foi tão terrível e bom ao mesmo tempo não tem mais a mesma força de antes, mas as vezes me faz querer voltar no tempo, mesmo que eu saiba que talvez eu pudesse chorar tudo aquilo que eu chorei, mas ainda me pergunto "será que as lágrimas valeram a pena?!" Bom, realmente eu não sei, e não é agora que vai adiantar alguma coisa saber.

Há coisas que eu não sabia que eu quero que você saiba. Não sabia que isso que eu sentia por você era na verdade um carinho enorme. Uma talvez, paixão. Amor não.

Eu te agradeço por não ter gostado de mim tanto quanto eu gostei de você. Agradeço por isso. Obrigada por me ensinar a nomear meus sentimentos e entende-los.
Aprendi muito contigo, valeu a pena !
Errei muito, eu sei. Mas erros não são tão ruins assim, te digo. Com eles aprendemos e sempre vamos além.

Antes eu não sabia o que era amar. E agora eu também não sei. Mas sei o que não é amor.
Quando você me dizia "vamos ser felizes para sempre" de certa forma eu sabia que não seríamos. O "para sempre" não existe. Porque até mesmo no conto de fadas o para sempre não existe. O feliz para sempre é um mero desejo de ser feliz até quando esta triste. O feliz para sempre é saber se reerguer de qualquer queda. Entende?

Se um dia eu encontrar o amor vou lembrar de você. Que me ensinou a não buscá-lo por outros caminhos se não o certo.
Que fique explicito que jamais independente do que aconteça não me esquecerei de ti. Das tantas coisas que me ensinou durante o tempo todo. Você estará sempre nas lembranças e nos segredos. E o maior segredo é claro à nós. E está guardado. Implícito. Porque afinal, cabe apenas a nós.

Não quero que isso pareça uma desculpa por não estarmos mais juntos. Ou coisa do tipo. Mas eu encontrei um eu em você. E você encontrou um você em mim, mas não nos pertencíamos. E nos devolvemos. Foi a decisão certa. "Segue a vida"

Obrigada por tudo.

(Anônimo)

Mais uma carta fictícia.

"Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso."

Fernanda Mello